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"Tenho de ver o que aconteceu": Marcelo não comenta atuação da polícia no Martim Moniz

O Presidente da República considera "a segurança deve ser exercida respeitando as regras constitucionais e legais", mas assume que não viu as imagens que têm gerado críticas. A operação levada a cabo na quinta-feira resultou na detenção de duas pessoas.

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Marcelo Rebelo de Sousa recusou tecer comentários sobre a atuação das autoridades durante a operação levada a cabo no Martim Moniz, em Lisboa, na quinta-feira. O Presidente da República disse apenas que operações policiais deste caráter devem ser executadas "conforme a lei" e com "o objetivo de garantir a segurança dos cidadãos".

Questionado sobre a operação policial que correu no Martim Moniz e que tantas críticas tem gerado, o chefe de Estado disse não ter acompanhado porque estava em Cabo Verde, recusando, assim, pronunciar-se sobre a matéria.

"O que posso dizer em geral, é o que tenho dito sempre, é que a segurança é muito importante para a vida das pessoas e para a estabilidade da situação social, económica e política", apontou.

O Presidente da República entende que "a segurança deve ser exercida respeitando as regras constitucionais e legais".

Antes de considerar deslocar-se ao Martim Moniz, acrescentou, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, primeiro, terá de "ver exatamente o que é que aconteceu".

Sublinhou que operações policiais deste caráter devem ser executadas "conforme a lei" e com "o objetivo de garantir a segurança dos cidadãos":

"Tenho de verificar se, sendo no cumprimento de uma decisão de tribunal acompanhada pelo Ministério Público em casos muito precisos e para garantir a segurança dos cidadãos, se teve o recato, ou não, que era indicado para essa situação."

Duas pessoas foram detidas

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS) da PSP esclareceu, esta sexta-feira, que operação especial de prevenção criminal na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, resultou na detenção de duas pessoas: uma por posse de arma proibida e droga e outra que era suspeita de pelo menos oito crimes de roubo.

O enorme aparato policial na zona levou à circulação de imagens nas redes sociais, nas quais se vislumbram, na Rua do Benformoso, dezenas de pessoas encostadas à parede, de mãos no ar, para serem revistadas pela polícia, e comentários sobre a necessidade daquele procedimento.