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Operação no Martim Moniz: associação da PSP pede independência ao Governo

Depois dos partidos é agora o maior sindicato da Policia de Segurança Pública (PSP) a acusar o Governo de instrumentalizar as polícias. A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia pede moderação e respeito depois das duas operações no Martim Moniz.

(Arquivo)
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Há uma linha que separa a vontade política da independência da polícia e o maior Policia de Segurança Pública (PSP) faz questão de o lembrar ao Governo.

No dia da mais recente operação no Martim Moniz, Luís Montenegro falou a partir de Bruxelas. Também tinha falado ao país semanas antes, logo depois da primeira rusga no bairro - a primeira de várias anunciadas pelo Governo.

O primeiro-ministro fala de visibilidade e proximidade. A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia diz que pode ser interferência. O sindicato que associa cerca de oito mil agentes, chefes e oficiais admite, em comunicado, algumas reservas quanto às intenções do Governo nas operações policiais.

Pede moderação e responsabilidade também aos restantes partidos. Em apenas seis dias, vários políticos passaram pelo Martim Moniz. Palco pela segunda vez em cerca de um mês de uma operação que fez buscas a casas, cortou ruas e revistou moradores.

As duas rusgas da polícia detiveram ao todo duas pessoas. A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um processo administrativo e aguarda por informação oficial da Policia de Segurança Pública (PSP).