Ainda não foram encontrados os envolvidos no tiroteio no centro comercial Palácio do Gelo, em Viseu. A PJ está a colaborar com as autoridades espanholas, mas não foi emitido mandado de detenção internacional.
As autoridades encontraram este sábado o veículo usado na fuga: um Audi A4 cinzento. Foi encontrado na zona de Vilar Seco, concelho de Nelas. Ao que a SIC apurou, será propriedade de um tio do suspeito que, interrogado, sugeriu que o sobrinho já estaria em Espanha.
De Viseu à fronteira com Espanha, em Vilar Formoso, demora-se uma hora. Mas as autoridades nacionais acreditam que os suspeitos ainda estão em solo português, razão pela qual não foi emitido um mandado de detenção internacional.
Ainda assim, foi ativado o mecanismo de cooperação policial, que permite dar conhecimento às autoridades espanholas sobre a identidade dos suspeitos que estão a ser procurados.
O caso está também a ser investigado pela Diretoria do Centro da Polícia Judiciária, sediada em Coimbra. A hipótese de o tiroteio ter começado depois de um desentendimento dentro do centro comercial parece estar afastada.
“Foi tudo no exterior e não temos registo de que tenha havido alguma questão no interior”, disse à SIC a diretora do centro comercial, Cristina Lopes.
A motivação mais plausível será um ajuste de contas entre duas famílias rivais: um clã, conhecido por "amarelos", que vivia no Bairro Verde, no concelho da Régua, e que recentemente se terá mudado para um acampamento na zona de Viseu, e outros chamados de "índios", que vivem em Ribamondego, no concelho de Gouveia.
Os desentendimentos entre os dois clãs são antigos e conhecidos das autoridades e estarão também na origem de um incidente em Gouveia, nas Festas de Nossa Senhora do Calvário, em agosto.