A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Governo continuam de costas voltadas, com a FNAM a acusar a ministra Ana Paula Martins de traição e de má gestão do Serviço Nacional de Saúde. Mantém, por isso, a greve dos médicos dos cuidados de saúde primários às horas extraordinárias.
Sem fim à vista para o braço de ferro entre a Federação Nacional dos Médicos e o Governo, a FNAM não deixa cair a greve nos cuidados de saúde primários às horas extras neste início de ano.
A federação diz que a forma como os centros de saúde estão a ser geridos prejudica médicos e utentes.
A FNAM acusa também o Governo de não garantir aos doentes nem o acesso, nem a qualidade do atendimento seja nos centros de saúde, seja noutros serviços.
A somar ao descontentamento estão também as negociações com o Ministério da Saúde sobre a carreira dos médicos.
A FNAM diz que o acordo alcançado entre o Governo e o Sindicato Independente dos Médicos faz com que estes profissionais em Portugal continuem a ser dos mais mal pagos a nível europeu e só serve para empurrá-los para o setor privado e para o estrangeiro.
Caso as reivindicações não sejam aceites, a FNAM ameaça prolongar esta greve até final do primeiro semestre e ainda avançar para outras formas de luta.