André Ventura considera que a rixa que ocorreu no domingo no Martim Moniz prova que não foi usada força a mais na operação policial de dezembro na Rua do Benformoso e que “a dissuasão não foi suficiente”.
Esta segunda-feira, o presidente do Chega reforça que é preciso ter mais polícia na rua e “encostar à parede quem tiver de ser encostado, de que cor seja, seja de uma minoria ou não”.
Ventura acusa parte do país político de ter feito uma “figura deplorável” no sábado, na manifestação contra o racismo, preconceito e xenofobia que terminou no Martim Moniz, e defende que os líderes da Esquerda devem um pedido de desculpas à polícia e aos portugueses.
“Tivemos um conflito entre imigrantes que acabou à paulada, com sangue no meio da rua e quem é que chamaram? A polícia. Podiam ter chamado o Pedro Nuno Santos para resolver, a Mariana Mortágua, o Rui Tavares ou até o Luís Montenegro, mas chamaram a polícia que criticaram”, afirma André Ventura.
"Criámos um país que só se preocupa com minorias"
Acrescenta que, também no sábado, na vigília que o Chega organizou em apoio às forças de segurança - que decorreu ao mesmo tempo que a manifestação que terminou no Martim Moniz - ouviu muitas queixas de moradores daquela zona.
“Queixam-se da falta de polícia, de consumo de droga a céu aberto, seringas espalhadas na rua, assaltos… sem que ninguém queira saber deles. Criámos um país que só se preocupa com minorias e estrangeiros e não quer saber dos seus.”
Já esta manhã, o líder do Chega partilhou um vídeo na rede social X sobre os acontecimentos, sugerindo que se chame o “Batman ou o Super-Homem” da próxima vez que houver “facadas ou pancadaria no Martim Moniz”.
Desacato acabou com sete feridos
Pelo menos sete pessoas ficaram feridas no domingo na Rua do Benformoso, no Martim Moniz, na sequência de desacatos envolvendo vários estrangeiros. Todos "aparentam estar em forma regular" em território nacional.
A PSP está a desenvolver diligências para apurar a origem dos confrontos e indicou que, até agora, não houve detenções.