Carlos Costa Neves já tomou posse como secretário-geral do Governo, depois da polémica em torno de Hélder Rosalino, que foi inicialmente nomeado para a função, mas terá optado por ser remunerado pelo seu vencimento de origem no Banco de Portugal, superior a 15 mil euros.
No seu primeiro discurso enquanto secretário-geral do Executivo, Carlos Costa Neves garantiu estar ciente da responsabilidade de assumir a liderança da "inovadora estrutura" do Governo e da importância da mesma.
O antigo ministro dos Assuntos Parlamentares sublinhou que pretende assegurar o cumprimento do compromisso firmado no programa do Governo liderado por Luís Montenegro:
"Nesse programa define-se como prioridade, no contexto da reforma da organização, governação e prestação do setor público, a agregação de serviços dispersos em unidades, serviços, direções-gerais e inspeções, bem como o desenvolvimento dos centros de competência existentes, afirmando como principais objetivos os de melhorar o serviço prestado aos cidadãos e a criação de instituições eficazes e eficientes, transparentes, sustentáveis, inclusivas e mais próximas dos cidadãos e das empresas."
Costa Neves elogiou ainda o atual Executivo que, de acordo com o próprio, identificou e "teve coragem de lançar" a reforma "há muito unanimemente referenciada, mas sempre adiada".
Para o futuro traçou ainda os principais objetivos do órgão que irá tutelar:
"Cultura de resultados e de serviço público aos cidadãos; valorização e dignificação profissional dos trabalhadores; a simplificação, desburocratização e racionalização dos meios usados; multidisciplinaridade e o trabalho em equipa, a racionalidade e celeridade dos procedimentos, a responsabilidade, transparência e controlo das atividades desempenhadas."
Costa Neves foi a segunda opção do Governo
Carlos Costa Neves é a segunda escolha do Executivo para o cargo, depois da polémica que envolveu a nomeação de Hélder Rosalino.
O consultor do Banco de Portugal deixou de estar disponível para assumir o posto depois de Mário Centeno ter recusado pagar o salário superior a 15 mil euros que Rosalino recebe na instituição.
Costa Neves foi ministro dos Assuntos Parlamentares no Governo de Pedro Passos Coelho e tutelou o Ministério da Agricultura no Executivo de Santana Lopes.
Foi ainda secretário de Estado dos Assuntos Europeus no Governo de Durão Barroso e eurodeputado.
Agora, vai liderar a secretaria-geral do Governo, que entrou em funcionamento no primeiro dia do ano, um órgão que quer promover uma gestão mais eficaz dos recursos do Estado.