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Novo secretário-geral do Governo: Montenegro quer gestão "mais eficiente" da Administração Pública

A discursar na tomada de posse de Carlos Costa Neves como secretário-geral do Governo, o primeiro-ministro diz que as pessoas têm de sentir que a carreira na Administração Pública "vale a pena" e não por ser "um reduto de estabilidade ou de coleção de privilégios laborais face a outras áreas de atividade".

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Luís Montenegro está confiante na escolha de Carlos Costa Neves como secretário-geral do Governo para “coordenar um processo de reforma da Administração Pública" que promova a melhor gestão dos recursos, "em consonância com as orientações e também com a articulação com os membros do Governo”.

"Nós queremos que na Administração Pública portuguesa sejam atraídos e retidos os melhores quadros que a nossa sociedade é capaz de formar. Uma Administração Pública competitiva só é possível com pessoas qualificadas com a valorização do mérito, com a retenção dos melhores. Nós queremos competir com as empresas na Administração Pública."

Em São Bento, durante o discurso de tomada de posse de Carlos Costa Neves, o primeiro-ministro explicou que quer que "as pessoas sintam que a Administração Pública vale a pena, não por ser um reduto - como tradicionalmente era encarado - de estabilidade ou de coleção de privilégios laborais face a outras áreas de atividade".

"Não é esta, hoje, a vontade que as pessoas manifestam quando vêm à Administração Pública, elas vêm porque as funções que vão desempenhar correspondem às suas expectativas de realização profissional e vêm também porque encontram na Administração Pública, têm de encontrar na Administração Pública, os mecanismos para serem retribuídos do seu esforço de trabalho e para poderem também progredir nas suas carreiras de molde a poder cumprir o objetivo de valorizar também a posição de carreira e a posição remuneratória."

Costa Neves: a 2ª escolha do Governo depois de uma nomeação polémica

Carlos Costa Neves vai liderar a secretaria geral do Governo, que entrou em funcionamento a 1 de janeiro deste ano. Entre as atribuições legais, a Secretaria-geral prestará apoio técnico, administrativo e logístico ao Conselho de Ministros e aos membros do Governo, apoiar reuniões e processos administrativos e legislativos, apoiar a adoção do código de conduta do Governo e administrar a Residência Oficial do primeiro-ministro e o Campus XXI, onde será instalada.

"Esta alteração esteve já demasiados anos adiada e esteve muito tempo por executar. E a postura deste Governo não é de aventureirismos, mas também não é de contemplações", disse Montenegro.

"Nós não estamos nem a dar um passo maior do que aquele que pode e deve ser dado, mas também não estamos a olhar para o problema e a alimentar razões para o ir adiando na sua solução. Estamos a avançar. Estamos a realizar esta alteração que funde entidades, que reduz estruturas, que reduz cargos dirigentes, mas que, repito, não é esse o fim da reforma. Isso é uma consequência das melhorias de gestão e operacionalidade dos serviços.

"O objetivo é mesmo ganho de eficiência, ganho de capacidade, ganho de previsibilidade, ganho de organização, ganho de capacidade de resposta", frisou.