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Nova lei dos Solos: câmara de Silves receia especulação imobiliária

Ao contrário da maior parte dos municípios do Algarve, a câmara de Silves discorda da nova lei dos solos, não acredita que venha aumentar a oferta de habitação e considera mesmo que irá gerar mais especulação imobiliária. A única autarquia da CDU na região diz ainda que a desinformação está a criar falsas expectativas aos cidadãos.

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Ainda que se esperem alguns ajustes, está aberta a porta para que os municípios possam aprovar loteamentos em solos rústicos As novas regras entraram em vigor na quarta-feira e tiveram por base a ideia de se conseguir aumentar a oferta de habitação. 

No Algarve, a câmara de Silves não poupa críticas e receia  a  especulação imobiliária. Também a associação ambientalista Almargem discorda da alteração ao regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial.

Em zonas como o Algarve, em particular junto ao litoral, a mudança de regras poderá  ser nociva. A comunidade intermunicipal do Algarve diz que há forma de travar a especulação na passagem de terrenos rústicos a urbanizáveis. 

O município de Silves queixa-se, ainda, da desinformação à volta da nova lei. Diz que muitos particulares criaram falsas expectativas e defende que antes de se mexer nos solos rústicos se deveriam esgotar os urbanos que ainda estão por utilizar. 

Outros municípios discordam. A própria comunidade intermunicipal do algarve considera  que a alteração à lei  podia ir mais longe e rever a classificação agrícola por haver concelhos, como Tavira, estrangulados, sem opção de crescimento.