País

Os casos que têm contribuído para o aumento da perceção de corrupção

A perceção de corrupção dispara quando o país está a ser abalado por vários casos. Dos milhares de euros em notas num gabinete governamental ao processo Tutti Frutti, em causa estão fortes suspeitas de corrupção e de relações obscuras entre política e negócios.

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Os novos dados do Índice de Corrupção surgem numa altura em que o Ministério Público acusou 60 autarcas e empresários na operação Tutti Frutti, mas há outros processos que investigam possíveis atos de corrupção e que relacionam política e negócios. 

O inquérito foi aberto há oito anos depois de numa denuncia anónima. Recentemente, vários presidentes de junta do PS e do PSD ficaram a saber que vão ter de responder por uma série de crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento e tráfico de influência. 

 No processo ‘Tutti Frutti’, o Ministério Público suspeita de um plano entre membros dos dois principais partidos para a distribuiçãode cargos em várias freguesias e ainda de uma série de favorecimentos a empresas. 

Polémica com a Lei dos Solos

Hernâni Dias tem sido outro dos nomes falados nos últimos tempos. O caso mais recente prende-se com as duas sociedades ligadas ao imobiliário e construção civil que criou e que levantaram suspeitas de conflito de interesses por poderem beneficiar da lLei dos Solos, processo em que o agora ex-secretário de Estado da Administração Local participou. 

Mas antes deste caso, já Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia. Há suspeitas de irregularidades nas obras de ampliação da zona industrial de Bragança quando ainda era autarca. 

Operação Influencer

Mas um dos processos que terá aumentado a perceção de corrupção foi o que levou à saída de António Costa do Governo. 

Recentemente, a Operação Influencer conheceu um novo capítulo depois de terem sido encontrados 75 mil euros em numerário no gabinete do ex-chefe de gabinete de Costa. 

Eis que foi também encontrada uma dezena de ‘pens’, uma delas com informação em segredo de Estado: listas com dados de espiões. 

O atual presidente do Conselho Europeu diz que desconhece por completo. 

Operação Vortex levou à detenção de autarca

Outro processo que culminou no início de 2023 com a detenção do então presidente da Câmara de Espinho foi a Operação Vortex. 

Projetos imobiliários que envolviam interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros e que foram tramitados em benefício de determinados operadores económicos. 

José Sócrates foi detido em 2014

Mas o mais marcante e que levou pela primeira vez à detenção por corrupção de um primeiro-ministrofoi a Operação Marquês. 

José Sócrates foi detido em novembro de 2014 e chegou a estar detido 11 meses. Vai responder, entre outros crimes, por corrupção, branqueamento e fraude fiscal. 

Mais de uma década depois, há uma data para se marcar o julgamento. Será a 17 de março.