A grande maioria daqueles que numa noite de segunda-feira enfrentaram o frio no recinto da cova da Iria para encher a capelinha das aparições vieram de longe. Foram vários grupos organizados da Polónia, um dos Estados Unidos, um da índia e até um da Ucrânia.
A recitação do rosário é sempre desde o início de fevereiro seguido de uma procissão das velas.
“Fomos sensíveis, também, há manifestação de alguns grupos, sobretudo estrangeiros, que se viam, quando peregrinavam a Fátima neste período de carência, digamos assim, da procissão sentiam uma certa tristeza por não poderem participar neste momento singular que lhes diz muito. Obviamente não é só pela via dos pedidos, é pela verificação concreta que íamos notando uma presença cada vez mais regular de grupos de peregrinos ao longo de todo o ano, uma presença cada vez mais constante que nos levou a concluir que deveríamos optar por celebrar a procissão das velas, incluir a procissão das velas nesta celebração unitária que é o terço da noite com a procissão das velas para todos os dias ”, diz André Pereira, diretor do Departamento de Acolhimento e Pastoral do Santuário de Fátima.
Em boa parte do ano essa era já uma realidade mas com o aumento dos peregrinos fora das épocas em que mais pessoas passavam pelo santuário a decisão acabou por se impôr. Com um percurso menor que depende também do número de pessoas presentes, só mesmo as condições climatéricas podem impedir que se realize.
Desta vez cerca de 5 centenas de peregrinos percorreram parte do recinto em procissão seguindo a imagem da senhora de Fátima até ao regresso à Capelinha das Aparições.