Está a decorrer, esta terça-feira, uma grande operação de buscas da Polícia Judiciária (PJ) nos portos de Lisboa, Setúbal, Sines e Leiria. Em causa estão suspeitas de corrupção que visam funcionários da Autoridade Tributária (AT) nas alfândegas. Hugo Costeira, especialista em segurança, elogia o trabalho da PJ e realça que os funcionários dos portos deveriam ser "sérios".
A operação da PJ é um "rude golpe" no tráfico de droga e uma "grande ação", considera o especialista.
Em entrevista na SIC Notícias, Hugo Costeira diz que a corrupção "é o grande problema disto tudo". É suposto que os portos onde entram encomendas "sejam verificados por pessoas sérias". Contudo, nem sempre acontece e Portugal é "um ponto de entrada de droga".
O especialista em segurança considera que, do ponto de vista político, Portugal "precisava de acompanhar" mais questões legislativas de Espanha, uma vez que partilha muita água, território e fronteiras com o país vizinho.
Grande operação da PJ
Está a decorrer uma esta terça-feira uma grande operação de buscas PJ nos portos de Lisboa, Setúbal, Sines e Leiria. Em causa estão suspeitas de corrupção que visam funcionários da Autoridade Tributária (AT) nas alfândegas destes portos marítimos.
Segundo a notícia avançada pela CNN Portugal e confirmada pela SIC, os funcionários em causa terão alegadamente deixado entrar no país navios carregados de cocaína em troca de subornos de cartéis colombianos e grandes organizações criminosas internacionais, como o Primeiro Comando da Capital, do Brasil.
Em comunicado, a PJ acrescenta que grandes toneladas de droga seriam transportadas da América Latina dissimuladas em diversos produtos que tinham a Europa como destino.
Os cartéis pagariam a funcionários da alfândega para estes não fiscalizarem determinados contentores. A droga acabaria, assim, por sair dos portos portugueses em camiões sem qualquer impedimento.
A Operação “Porthos” teve origem numa cooperação policial internacional de congéneres da PJ e visa a execução de 32 mandados de busca, dos quais 14 domiciliárias e 18 não domiciliária.