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Muita chuva e a Ucrânia em pano de fundo: o primeiro dia da visita de Macron a Portugal

A visita tem por objetivo aprofundar relações políticas e culturais e vai resultar em acordos entre os dois países. Um deles será uma carta de cooperação sobre armamento, para reforçar a indústria europeia.  

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Emmanuel Macron chegou a Portugal esta quinta-feira, para uma visita de dois dias. Os dois países vão assinar vários acordos, incluindo uma carta de cooperação sobre armamento. Em cima da mesa está o conflito na Ucrânia e o papel dos EUA.  

Com honras militares, mas debaixo de uma chuva intensa (que atrasou a chegada em 35 minutos): foi assim que o presidente francês foi recebido por Marcelo Rebelo de Sousa no Mosteiro dos Jerónimos. 

Num intenso programa de encontros e visitas, esteve em Belém, onde foi condecorado pelo Presidente português, com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade. 

Depois de um almoço em São Bento,passou pela Assembleia da República, onde, por uma questão de agenda e ao contrário do que estava previsto, não houve sessão solene nem discurso de Macron. 

Acordos sobre armamento e o futuro da Ucrânia

De uma visita que pretende aprofundar relações políticas e culturais, vão sair vários acordos entre os dois países. Um deles será uma carta de cooperação sobre armamento, com o objetivo de reforçar a indústria europeia.  

A visita de Emmanuel Macron a Portugal segue-se ao encontro com Donald Trump e a uma série de reuniões com os líderes europeus, com quem discutiu o conflito na Ucrânia. Um esforço que foi assinalado pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro, deixando elogios ao presidente francês.  

Tento sempre dar o meu contributo para facilitar as coisas. A Ucrânia, para nós, é uma luta muito importante. É uma luta pelo direito internacional, pela soberania e pela segurança dos europeus. É algo existencial para nós e, por isso é muito importante que Zelensky possa explicar a Trump o que está em jogo no seu país”, defendeuMacron, em declarações na Assembleia da República.  

Depois de se ter referido aos Estados Unidos da América como "antigos aliados", Marcelo Rebelo de Sousa prometeu discutir o assunto com o homólogo francês. 

Há coisas difíceis: lidar com problemas no mundo, encontrar forma de fazer uma paz justa na Ucrânia e noutros pontos do mundo. Tudo isto nos aproxima”, referiu o Presidente português, sublinhando que a Europa “está unida” - e que a França e Portugal, em particular, já o estão “há muitos anos”.   

Emmanuel Macron segue esta sexta-feira para o Porto, naquela que é a primeira visita de Estado de um Presidente francês a Portugal em 26 anos. A última foi a de Jacques Chirac, em 1999.