Aveiro é o único município com dois aterros. Nos últimos quarenta anos tem recebido lixos de toda a região. O presidente da câmara diz chega.
“Ponto um, basta. Aveiro já tem um serviço prestado à região do país nesta área muito relevante e, por isso, deve ser outro município a prestar o serviço no próximo futuro. Ponto dois, a metodologia de aterro sanitário está hoje a ser abandonada por todo o mundo, portanto, é preciso uma metodologia nova”, diz José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro.
O autarca refere-se à incineração com produção de energia, dos lixos não recicláveis. Uma medida defendida no Plano Acção Terra apresentado pelo Governo recentemente.
Tondela é uma das possíveis localizações. Até que o equipamento esteja construído, Aveiro exige contrapartidas para continuar a receber resíduos como, por exemplo, a selagem imediata do aterro de Taboeira.
Este aterro está fechado, apesar de continuar a produzir biometano, mas o processo de selagem nunca foi concluído. Quanto ao aterro de Eirol gerido pela ERSUC, a autarquia reclama vários compromissos em investimentos rodoviários e a construção de uma conduta de esgotos dedicada.
O efluente do aterro continua a ser vazado para a conduta do saneamento. Uma situação que tem causado problemas graves aos moradores. Totalmente posta de parte está a expansão da unidade da ERSUC, que já esgotou uma das duas células disponíveis.
“O nosso entendimento é que não é preciso, e nós não estamos disponíveis para concordar, com a abertura de uma terceira célula que aumenta a implantação do aterro”, diz José Ribau Esteves.
Uma posição reforçada pela câmara de Aveiro em tempo de incerteza política.