Tem mais de 400 páginas e já foi enviado para todos os membros da comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras.
É a proposta de relatório do PSD e do CDS-PP, que estava a ser preparado como alternativa à que foi escrita pela deputada do Chega Cristina Rodrigues, a quem oficialmente cabia o papel de relatora da comissão.
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O PSD e o CDS avisam que vão chumbar o relatório e criticam o facto da deputada ter apresentado esse relatório ao lado do partido, André Ventura, sem que a comissão tivesse tido tempo de o analisar ou discutir.
“Há várias discrepâncias dentro do próprio relatório, se não fosse isso não o teríamos feito. Há várias conclusões que estão incorretas e há recomendações com as quais não podemos concordar", diz António Rodrigues do PSD.
Conclusões como a que aponta a Marcelo Rebelo de Sousa um eventual abuso de poder no caso.
“Nó entendemos que não houve intervenção indevida por parte do senhor Presidente da República em todo este processo, que houve uma intervenção exagerada por parte do filho, que não é titular de cargo político, que tentou fazer com que as crianças tivessem um tratamento de privilégio, coisa que terá acontecido por intervenção de um secretário de Estado (...) que não cumpriu a lei”, afirma António Rodrigues.
Já era certo que o relatório escrito pela deputada do Chega não seria aceite pelos restantes partidos.
Resta saber se chegarão a acordo na reunião que está marcada para esta quinta-feira à tarde de forma a conseguirem aprovar um documento que seja levado a plenário para a votação final global, antes de que o Parlamento seja dissolvido.
Ou correm o risco das mais de 40 sessões da comissão não terem qualquer resultado prático.