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Chega acusa Montenegro e Moedas de conluio e vai pedir esclarecimentos ao autarca

André Ventura considera que a autarquia de Lisboa pode estar a tentar proteger o primeiro-ministro e que terá interferido no trabalho das autoridades, durante a vistoria às obras do apartamento do primeiro-ministro.

Chega acusa Montenegro e Moedas de conluio e vai pedir esclarecimentos ao autarca
JOÃO RELVAS/LUSA

O Chega acusa a Câmara Municipal de Lisboa e Luís Montenegro de conluio e vai pedir esclarecimentos a Carlos Moedas sobre a vistoria realizada ao apartamento do primeiro-ministro.

Uma equipa de técnicos da autarquia de Lisboa fez, esta segunda-feira, uma vistoria às obras dos imóveis da família de Luís Montenegro na capital. Pelas imagens divulgadas pelo Correio da Manhã, no local terá estado um elemento de perfil político: o chefe de gabinete da vereadora do Urbanismo.

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Esta terça-feira, em declarações aos jornalistas, o líder do Chega afirmou que a situação atinge “o limite máximo da irresponsabilidade, do conluio e da suspeita”.

Soubemos que o chefe de gabinete do urbanismo esteve nesta vistoria feita ao duplex do primeiro-ministro. Que eu saiba, o chefe político do urbanismo não vai fazer vistorias com a Polícia Municipal”, afirmou André Ventura.

O presidente do Chega anuncia que vai pedir esclarecimentos do presidente da Câmara de Lisboa na Assembleia da República.

"Estamos em fim de ciclo no Parlamento, todos sabem isto, mas nós vamos exigir ao presidente Carlos Moedas, (...) durante o dia de hoje, que responda ao Parlamento porque é que isto aconteceu, se está ou não a tentar proteger o primeiro-ministro, ou se está ou não a tentar boicotar a atuação das autoridades”, assegurou.

25 de Abril? Sim, mas sem “campanha política”

O presidente do Chega falou ainda sobre as celebrações do 25 de Abril na Assembleia da República, numa altura em que o Parlamento já terá sido dissolvido. André Ventura defende que a cerimónia deve realizar-se, mas que não pode ser utilizada para campanha política.

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Pode existir a cerimónia, podemos assinalar a cerimónia sem discursos de partidos ou de campanha política. Se essa for uma solução estaremos para ela”, declarou Ventura.

Se houver intervenções e discursos políticos também estaremos para ela. Nós não devemos deixar de ter país por causa de umas eleições. Porém, devemos, sim, evitar que se usem estas datas para fazer campanha política. Acho que as datas que são de todos não devem ser usadas como manipulação”, afirmou.

O Parlamento vai decidir, esta quarta-feira, em conferência de líderes, se a Assembleia da República realiza ou não este ano a tradicional sessão solene comemorativa do 25 de Abril, no contexto da atual crise política.