O Algarve tem hoje mais água nas barragens do que há um ano, graças à chuva dos últimos meses, mas poupá-la continua a ser prioridade. A ministra do Ambiente confirmou que o abastecimento para os próximos dois anos está assegurado e que há, pelo menos, 400 milhões de euros investidos em obras para aumentar a resiliência hídrica na região.
As barragens do Algarve acumulam neste momento cerca de 390 hectómetros cúbicos de água – mais 190 que no ano passado pela mesma altura, um valor histórico. Mas para que não venha a faltar nas torneiras, é preciso apostar na resiliência.
Foi também este o mote do 17.º Congresso da Água, a acontecer em Lagos, que reuniu Governo e especialistas para debater estratégias de combate à escassez na região. Os consumos para 2025 e 2026 estão garantidos, mas reduzir as perdas da rede de abastecimento continua a ser prioritário.
Já estão em andamento vários projetos para resolver de vez o calvário que tem sido a seca, sobretudo na zona do Barlavento. A construção da dessalinizadora, em Albufeira, deverá arrancar em junho deste ano e o que era preciso acertar com Espanha também ficou fechado.
A chover nos próximos dias, a barragem de Odelouca poderá ter de efetuar descargas, à semelhança de Odeleite. Quanto às medidas de restrição, os cortes no consumo para o setor público, turismo e agricultura estão agora firmados nos 5% e não se prevê, para já, mais nenhuma alteração.