Não é exagero: em Marvão, toda a gente se conhece. E António Andrade, que foi autarca desde as comissões administrativas até finais da década de 1990, é, de facto, uma figura da terra.
Na voltinha diária, demonstra que não sofre do mal dos que não veem ao perto. Continua a apreciar as belezas de um sítio surpreendente.
Os pássaros estão afeiçoados ao conjunto onde também é possível ouvir o silêncio. Do alto da tranquilidade desta vila medieval, a mais de 800 metros, nem valem os ruídos para apreciar a beleza que alia património, cultura e tradição.
O turismo é a atividade estrela. Bruno vai sempre a pé para o trabalho, o hotel local. Nem fazia grande sentido que o fizesse de outra maneira. A vila de Marvão tem vindo a perder gente, ao contrário do resto do concelho. Seguram alguma dinâmica negócios ligados à âncora local.
Na unidade, confirma-se: o destino tem vindo a qualificar-se. Atualmente, residem dentro destas muralhas pouco mais de 100 pessoas. Aqui, um passeio, um convívio entre o passado e o presente, é o ideal para escapar aos ritmos frenéticos.
Marvão é uma experiência diária de vistas largas, pouco habitada, mas bastante frequentada.