A carta enviada à administração do Hospital de Santa Maria é, segundo perspetivam os 37 especialistas que a assinaram, o derradeiro passo antes de tomarem uma atitude mais drástica.
Os médicos de Medicina Interna recordam que, há alguns anos, por se entender que as 22 horas de horário extra urgência não permitiam acomodar toda a atividade necessária ao funcionamento do serviço, os horários seriam estendidos até ao limite de 40 horas semanais extra urgência e que, os períodos de urgência que ultrapassassem essas horas seriam remunerados como horas extraordinárias.
Contudo, esse pagamento deixou de acontecer há alguns meses, sem aviso prévio nem qualquer explicação.
Nesse sentido, os especialistas decidiram que "passaremos a cumprir escrupulosamente o horário de trabalho estabelecido".
Além deste aviso, informam também que deixam de estar disponíveis para prestar formação não remunerada.
Trata-se de uma situação que pode ainda ser revertida. Já na próxima sexta-feira, está agendada uma reunião entre este grupo de especialistas e o Conselho de Administração do hospital — marcada durante o fim de semana — com a garantia de que o problema será corrigido.