É um problema que se arrasta há anos e que parece não ter fim à vista, apesar das medidas anunciadas para solucionar este que é um dos ‘calcanhares de Aquiles’ dos governos. Os números do final de abril mostram que há quase mais de 68 mil pessoas sem médico de família em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, uma subida de 4,3%.
A falta de médicos de família afeta sobretudo região de Lisboa e Vale do Tejo, quase 30% da população inscrita nesta região não tem um médico que acompanhe de forma regular no centro de saúde.
são mais de 1 milhão e 100 mil utentes.
Em termos percentuais segue-se o Algarve, com quase 20% da população e a seguir o Alentejo, com 17%.
Na região Centro, são quase 11% dos utentes estão sem este apoio médico.
O Norte continua a ser a região com melhor cobertura: o problema afeta 3,1% dos inscritos.
Em Portugal continental, há mais de 1 milhão e seiscentas mil pessoas sem médico de família, ou seja, 15% do total de utentes.
Para fazer face à escassez de médicos, mantém-se em curso o regime de contratação de clínicos reformados. No final de fevereiro, o SNS tinha no ativo quase 700 médicos nestas condições, a maioria a trabalhar nos cuidados de saúde primários, mas os braços continuam a não chegar para quem procura cuidados de saúde.