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Homicídio da grávida da Murtosa julgado à porta fechada "vai contra todos os princípios do direito penal"

O advogado da família de Mónica Silva revela que um dos filhos da vítima tem um depoimento crucial para a investigação e diz que a acusação contra Fernando Valente não é sólida, mas é suficiente.

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O advogado da família de Mónica Silva volta a condenar que o julgamento do homicídio da grávida da Murtosa aconteça à porta fechada, o que "vai contra todos os princípios do direito penal". António Falé de Carvalho diz que a acusação contra Fernando Valente não é sólida, mas é suficiente.

“A família discorda completamente que seja à porta fechada, o que vai contra todos os princípios do direito penal. Não há provas diretas, não há corpo, mas o facto de não haver não significa que o arguido não possa ser condenado. Já há muitos anos que em Portugal é possível condenar sem corpo”, afirma o advogado.

António Falé de Carvalho revela ainda que um dos filhos da vítima tem um depoimento crucial para a investigação.

O arguido, que teve uma relação amorosa com a vítima que terá resultado numa gravidez, está acusado dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.

O coletivo de juízes que irá julgar o caso será acompanhado por quatro jurados efetivos e quatro jurados suplentes.