País

“Tem de ser feito com humanidade”: imigrantes retirados de cave em Arroios de forma progressiva

O autarca Carlos Moedas diz que o alojamento ilegal é um problema do país e que o Governo tem de agir.

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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, disse este sábado que os imigrantes que viviam numa cave sem condições em Arroios estão a ser retirados progressivamente para alojamentos provisórios, reconhecendo que este processo não pode acontecer de “um dia para o outro”.  

Em declarações aos jornalistas, o autarca afirmou que este é um problema do país e que o Governo tem de agir. 

"Não pode ser o Presidente da Câmara de Lisboa, [o problema] não é apenas municipal. Temos aqui um esforço que tem que ser feito pelo Governo, pelo Estado e também por todas as outras câmaras municipais.”  

Moedas reconheceu também que o país precisa de imigração, mas “precisa de imigração com regras e com dignidade”.  

Imigrantes "pagavam entre 180 e 200 euros por mês"

Cerca de 30 imigrantes foram retirados na quarta-feira de um alojamento ilegal em Arroios, estando em curso o realojamento por parte da Câmara Municipal e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Os imigrantes, oriundos do Bangladesh, viviam numa cave sem condições mínimas, entre baratas e ratos, na freguesia de Arroios, em Lisboa.

Os imigrantes retirados deste alojamento ilegal "mal falavam inglês", pelo que houve "alguma dificuldade" na recolha de informações, mas há a indicação de que "pagavam entre 180 e 200 euros por mês" para pernoitar neste restaurante desativado, revelou Madalena Natividade, presidente da freguesia de Arroios. Ou seja, o proprietário recebia cerca de 6.000 euros por mês.