O Primeiro-Ministro apresentou, esta terça-feira, o programa do XXV Governo Constitucional na Assembleia da República. José Luís Carneiro, candidato único à liderança do Partido Socialista (PS), esteve presente e acusou o atual Executivo de "plagiar" medidas propostas por outros partidos políticos.
Em entrevista à SIC Notícias, o socialista defende uma oposição que se afirme como uma "alternativa credível e sólida, ao serviço de Portugal."
Para José Luís Carneiro, as linhas vermelhas passam pela "defesa de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) público, pela proteção e segurança sociais garantidas pelo Estado, e por uma escola pública que promova uma cidadania responsável e comprometida com os valores da República."
O candidato único à liderança do PS mostra-se favorável a vários consensos com o atual Governo, incluindo a disponibilidade para apoiar o esforço de garantir, em 2025, a meta de 2% do PIB para a defesa.
No entanto, garante que haverá contestação, por parte do Partido Socialista (PS), a qualquer proposta que ponha "em causa pilares que são conquistas da própria concertação social."
Candidato único à liderança do PS
José Luís Carneiro é o candidato único na corrida à liderança do Partido Socialista (PS) e, consequentemente, ao lugar de Pedro Nuno Santos. Admite que, em momento algum, o partido esperava que os resultados das últimas eleições legislativas tivessem um desfecho de tamanha dimensão para o PS, e confessa que, por esse motivo, nunca tinha considerado uma eventual candidatura.
“Nós estávamos longe de imaginar que os resultados eleitorais seriam aqueles. Admitimos que pudéssemos não ganhar as eleições, mas nunca que ficaríamos em terceiro lugar e perderíamos representações territoriais que julgávamos ser um quadro inadmissível para nós.”
Apoio a António José Seguro? "Prioridade são as eleições autárquicas"
Sobre um eventual apoio a António José Seguro como candidato à Presidência da República, José Luís Carneiro prefere não responder, afirmando que, neste momento, a sua prioridade são as eleições autárquicas, que terão lugar meses antes.
Acrescenta que a "vitória do PS é vital para que o partido se reafirme como a principal força política do país" naquela que considera ser a estrutura de serviço público mais próxima das comunidades locais e a melhor garantia de resposta às necessidades das pessoas.