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José Luís Carneiro elogia forças de segurança por combate a “inimigos da democracia” e deixa aviso a Montenegro

A PJ deteve seis suspeitos de um grupo ultranacionalista, que estariam a constituir uma milícia armada para levar a cabo uma alteração violenta do Estado de Direito. O socialista exaltou o trabalho das forças de segurança e lembrou que é responsabilidade de todos combater quem quer pôr em causa a democracia.

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José Luís Carneiro agradeceu o trabalho das forças de segurança, depois de seis pessoas associadas a uma organização nazi terem sido detidas. O candidato a líder do PS afirma que é necessário identificar os inimigos da democracia. 

“Quero louvar o trabalho das forças e dos serviços de Segurança, que concluíram uma investigação iniciada em 2021 que permitiu identificar alguns dos inimigos da democracia e que atentam contra o Estado de Direito Democrático”, declarou, esta terça-feira, à margem do debate do programa do Governo, no Parlamento. 

José Luís Carneiro fala em atentados aos valores fundamentais da nossa Constituição. Em causa está a detenção de seis membros do Movimento Armilar Lusitano, um grupo ultranacionalista com objetivos políticos, apoiado numa milícia armada. Os suspeitos foram indiciados por crimes relacionados com atividades terroristas e incitamento ao ódio e à violência. Um dos detidos é chefe da PSP em comissão de serviço na Polícia Municipal de Lisboa. 

O socialista salientou que "combater aqueles que procuram minar a confiança dos cidadãos na sociedade democrática, no espaço livre, na defesa dos direitos, das liberdades e das garantias dos cidadãos, é um dever de todos os democratas". 

O aviso a Luís Montenegro 

José Luís Carneiro afirmou também que o Executivo tem dito que "quer planar", mas desejou que o primeiro-ministro saiba "onde aterrar", e evite "locais impróprios para a salvaguarda dos valores democráticos". 

O deputado e candidato à liderança socialista foi questionado sobre o facto de Luís Montenegro ter prometido manter um "diálogo franco" com o PS, mas sem excluir o diálogo com outras forças. 

"O primeiro-ministro tem dito que quer planar, nós aquilo que desejamos é que saiba onde quer aterrar e que evite aterrar em locais que sejam impróprios para a salvaguarda dos valores democráticos", respondeu José Luís Carneiro aos jornalistas. 

"Aquilo que procurei transmitir é que Luís Montenegro tem de clarificar qual é o parceiro com o qual quer dialogar. Nós entendemos da sua palavra que procurará avaliar os termos em que pode realizar esse diálogo. Vamos agora aguardar por essa avaliação", acrescentou.  

Com Lusa