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Castelos de Portugal: uma viagem por Torre de Moncorvo e Ansiães

Há castelos que o tempo roubou, outros que transformou, e há castelos que parecem ter ficado congelados noutra era, como é o caso do castelo de Ansiães.

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Junto ao Douro, são muitos os sinais que mostram como evoluiu o território português. Em Torre de Moncorvo, o castelo foi muito afetado pela modernidade, enquanto em Ansiães encontramos uma terra congelada no tempo. É o regresso da rubrica Castelos de Portugal.  

D. Dinis mandou construir, em Torre de Moncorvo, um castelo, que hoje o olhar menos atento pode não perceber logo.  

Acabou por ser arrasado e entulhado e até os Paços do Concelho foram construídos por cima, o que não impediu de se valorizar o espaço. Em 2021, abriu o museu do castelo, que aproveita o que a arqueologia revelou e a memória deixada pelos levantamentos feitos por militares portugueses e espanhóis, que permitem visualizar a estrutura no expoente máximo. 

Castelo de Ansiães

Há castelos que o tempo roubou, outros que transformou, e há castelos que parecem ter ficado congelados noutra era. 

Pode não parecer, mas outrora dezenas de pessoas percorriam as ruas de Ansiães. Entre as duas cercas amuralhadas, havia toda uma vila, que ainda antes da nacionalidade obteve foral leonês no século XI. 

Pode, então, parecer estranho que tal terra cheia de vitalidade pudesse morrer, mas a partir do século XVI, com as mudanças na guerra e a perda de vários nobres locais, em Alcácer Quibir, o definhamento começou.