Apesar de ter diminuído nos últimos anos, na maior parte das profissões a desigualdade salarial agravou-se nas áreas da tecnologia e da matemática.
O Observatório Género, Trabalho e Poder do ISEG comparou dados de 2010 e 2023 nas profissões que incluem as ciências, tecnologia, engenharias e matemática. Foram tidos em conta vários fatores como a idade, a escolaridade e o regime de trabalho.
Concluíram que em 2010 as mulheres recebiam menos 10,51% do que os homens. Uma diferença que aumentou em 2023, quando as mulheres ganhavam menos 16,05%.
Dito de outro modo, por cada euro ganho pelos homens engenheiros, matemáticos, físicos ou especialistas em informática, as mulheres ganham em média 86 cêntimos.
Ao olhar para todas as profissões que existem em Portugal, o fosso salarial em 2010 era de 22,78% e diminuiu para 17,55% em 2023. Desde 2015 que a proporção da desigualdade salarial em Portugal é superior à média europeia.