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Montenegro (também) pede consenso político na Defesa: "Estratégia extravasa o nosso mandato"

Luís Montenegro espera que a politica de Defesa gere o maior consenso possível entre os partidos, numa altura em que os países da NATO se comprometeram a gastar 5% do PIB em defesa até 2035. O primeiro-ministro participou esta tarde no debate "A Nova Defesa", organizado pela SIC Notícias.

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Donald Trump pôs a Europa e os países da NATO a trazerem a defesa para o topo das prioridades, levando-os a prometer, até 2035, gastos expressivos em armas, militares e indústria de guerra. No debate "A Nova Defesa", organizado pela SIC Noticias, Luís Montenegro veio saudar o consenso politico que antecipa nesta matéria.

"É uma estratégia que queremos consensualizar, uma estratégia nacional, que quer ser mobilizadora dos agentes económicos, da sociedade e também dos responsáveis políticos e dos partidos. É uma estratégia que extravasa o nosso mandato, que será tão credível quanto mais apoio político tiver", afirma o primeiro-ministro.

Montenegro recomendou prudência em janeiro

No mês em que Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos da América, em janeiro deste ano, foi o próprio Luís Montenegro que, em declarações à agência LUSA, recomendou prudência.

"Um gasto de 5% do Produto Interno Bruto, definido pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para os países da NATO, não é exequível a curto ou médio prazo. Creio que não é útil que os líderes europeus andem permanentemente a comentar uma ou outra consideração que é feita pelo presidente dos Estados Unidos. Ninguém ganha muito com isso", afirmou Montenegro na altura.

Na cimeira da NATO de 24 de junho, Trump reajustou o discurso dos lideres europeus em matéria de defesa. O primeiro-ministro português recebeu em audiência os partidos políticos e a nova prioridade pública começou a tomar forma.

“Uma política de segurança e defesa eficaz é neste momento estratégica para garantir o Estado Social.”

Em 2024, o PIB em Portugal foi de 308.680 milhões de euros. Em 2035, não saberemos que valor terá o PIB português, mas se a regra já estivesse em vigor, em 2024, Portugal teria gasto em defesa mais de 15 mil milhões de euros.