José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, considera eleitoralista a medida que atribui o pagamento de um suplemento aos pensionistas. Sobre eventuais acordos de Luís Montenegro com o Chega, entende que o tema não está devidamente esclarecido, apesar de o primeiro-ministro ter negado essa possibilidade no Parlamento, esta quinta-feira.
Após o debate do estado da nação, o líder socialista disse, em declarações aos jornalistas, que o primeiro-ministro precisa de esclarecer se irá, ou não, estabelecer um acordo com o Chega e acusa Montenegro e André Ventura de se contradizerem nesta matéria.
Duante o debate desta quinta-feira, Luís Montenegro desmentiu André Ventura e negou que exista um princípio de acordo de governação com o Chega. O primeiro-ministro insistiu que quer conversar com todos.
José Luís Carneiro fala em medida "eleitoralista"
Entende também que o Executivo deveria apresentar uma proposta para valorizar as pensões mínimas "de uma forma duradoura e permanente" ao invés de "utilizar um ato eleitoralista". José Luís Carneiro referia-se ao novo suplemento extraordinário para todas as pensões até 1.567,50 euros, de entre 100 e 200 euros, que irá ser pago em setembro.
"Agora, infelizmente, da educação à saúde, da cultura à ciência, da agricultura à coesão e da habitação à economia o que nós verificamos é que há lacunas e um vazio muito grave", acusa o líder socialista.