A missão para mapear o fundo do mar na costa norte da Madeira detetou um coral negro que os investigadores acreditam ser uma espécie diferente. Este é apenas o princípio de um plano que custou 20 milhões de euros e que inclui um navio oceanográfico.
A missão para mapear o fundo do mar da costa norte terminou, mas durante três semanas as equipas do Observatório Oceânico e do Mare Madeira largaram do Porto Moniz para tentar desvendar os segredos destas águas.
Os primeiros resultados revelaram a presença de coral negro e os investigadores acreditam que pode ser uma espécie diferente.
A costa norte é pouco conhecida para os cientistas e, por isso, os novos aparelhos são essenciais para compreender melhor estes habitats.
O observatório está a usar os novos equipamentos há vários meses e já permitiu localizar navios naufragados e até o avião suíço que se afundou junto ao aeroporto em 1977.
As imagens, captadas a 100 metros de profundidade, só foram possíveis devido à plataforma tecnológica que custou milhões de euros.
O navio e os submarinos só deverão chegar em 2026 e terão de recolher informação em toda a zona marítima da Madeira, mas, enquanto não chegam, o trabalho não para.
O plano é garantir que, no futuro, todas as decisões políticas junto à costa e no mar sejam tomadas de forma informada.
Os 20 milhões investidos na plataforma tecnológica têm também a ambição de trazer investimento estrangeiro à Madeira, um arquipélago de águas profundas que quer apostar na economia azul.