Em plena época de incêndios, há seis comandos regionais e sub-regionais da Proteção Civil que continuam com lugares de liderança vazios. As nomeações em falta há vários meses podem comprometer as operações de proteção e socorro às populações.
Com grande parte da floresta a Norte do país em chamas, aldeias ameaçadas pelo fogo e muita angústia, o combate é de todos, avisou o primeiro-ministro, mas na estrutura de comando da Proteção Civil há lugares que se arrastam vazios, apesar de serem vitais, sobretudo, em dias assim.
Algumas das nomeações estão em falta há oito meses na região Norte, por exemplo, o epicentro dos atuais incêndios.
A importante figura do segundo-comandante regional de Emergência e Proteção Civil não existe desde fevereiro e, agora, cabe a um único homem, o atual comandante regional, a complicada missão de liderar sozinho, 24 sobre 24 horas, o combate a um fogo agressivo que não dá descanso.
Mas há mais casos, vejamos. Para além do segundo comandante regional do Norte, também estão em falta:
- 2.º comandante regional de Lisboa e Vale do Tejo;
- 2º comandante sub-regional da area metropolitana do Porto;
- comandante sub-regional do Algarve;
- comandante regional do Alentejo;
- 2.º Comandante sub-regional do Alentejo Litoral.
Neste caso, um cargo que está por preencher desde maio, depois da saída do 2.º comandante para ser vereador em Castro Verde.
São seis as nomeações em falta, entre as quais dois segundos-comandantes regionais e sub-regionais, de um total de 64 postos de nomeação a nível nacional.
Algumas operações de proteção e socorro às populações podem estar comprometidas devido à dificuldade de coordenar meios.
Fontes da Proteção Civil contactadas pela SIC admitem que a articulação com os corpos de bombeiros no teatro de operações pode estar em risco.
À SIC, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil prometeu uma explicação sobre este atraso nas seis nomeações, mas ao final da tarde adiou a resposta para esta sexta-feira.