Está sempre ali ao virar da esquina e apresenta-se como uma aventura, mas não falta quem assuma que a raspadinha se tornou uma aventura problemática.
“Jogo e olhe que já dei cabo da minha vida em dois dias. Isto é uma coisa que uma pessoa não tem hipótese. Mesmo que queiramos fugir, o viciozinho é um problema fora de série. (...) A pessoa se comprar e for embora [ainda resolve], mas depois se sai qualquer coisinha há a tendência de mais e mais e quando vai ver não ganha nada, perde sempre”, conta à SIC um senhor que confessa que há dias em que gasta mais de 20 euros.
Até em dia de jackpot no Euromilhões, a raspadinha está sempre na lista das apostas mesmo de quem garante que consegue defender-se do vício.
Quem vende, assegura que a procura da raspadinha tem estabilizado com as pessoas mais velhas a serem os melhores clientes. Um negócio mais forte na altura do mês em que se recebem os salários e sobretudo as reformas
Em 2024, a raspadinha rendeu quase 1850 milhões de euros à Santa Casa, perto de 60% do total das receitas de jogo. No ano passado, os portugueses compraram mais de 700 milhões de bilhetes de raspadinha.