Logo a seguir à tragédia no Elevador da Glória, que matou 16 pessoas, o presidente da Carris apressou-se a vir ao local do acidente garantir que o plano de manutenção do emblemático ascensor foi sempre cumprido de forma rigorosa.
A empresa a cargo da manutenção era a MAIN – Serviços Técnicos de Engenharia, Lda. A SIC avançou ontem com a informação de que o contrato de manutenção com esta empresa teria terminado no final de agosto e que o novo concurso não teria sido adjudicado por causa do preço.
A Carris garante, todavia, que não houve qualquer interrupção na manutenção e revela que há um contrato ativo desde 1 de setembro. A SIC sabe que se trata de um ajuste direto com essa mesma empresa que já fazia a manutenção.
Os trabalhadores da Carris contradizem as declarações do Presidente, relativamente à segurança dos equipamentos. Alegam que apresentaram vários alertas sobre a necessidade de manutenção dos elevadores em Lisboa, incluindo o da Glória, e pedem um inquérito rigoroso às causas do acidente.
O coordenador da Fectrans, José Manuel Oliveira, defende que a manutenção do elevador deve volta à responsabilidade das oficinas da Carris.
A SIC enviou um e-mail à empresa privada que garantia a manutenção dos elevadores da Carris a pedir esclarecimentos, mas não obteve resposta. O telefone também não está disponível e, na internet, o acesso aos contactos deixou, entretanto, de estar acessível. O site não passa do vídeo de apresentação dos serviços.