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Fuga para Marrocos e relatórios sobre jornalistas: Miguel Carvalho desvenda bastidores do Chega

Autor do livro "Confidencial - Por Dentro do Chega" revela práticas ilegais na cúpula do partido como gravações ocultas, teorias da conspiração sobre jornalistas e até o planeamento de uma fuga de André Ventura para Marrocos.

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O jornalista Miguel Carvalho investigou o Chega ao longo dos últimos cinco anos e revela no livro "Confidencial - Por Dentro do Chega", este domingo apresentado, uma série de práticas ilegais usadas pela cúpula do partido para manter o poder.

Ao longo de mais de 700 páginas há testemunhos de atuais e antigos dirigentes do partido sobre os bastidores de uma força política que teve um crescimento eleitoral exponencial nos últimos anos.

Um desses ex-dirigentes conta como eram gravadas conversas para serem usadas como máquinas de guerra contra adversários internos.

O autor revela ainda que no interior do partido circulava uma espécie de relatório sobre vários jornalistas. O próprio Miguel Carvalho e Pedro Coelho da SIC faziam parte dessa lista e tinham os nomes associados a teorias da conspiração como o facto de serem agentes de Cuba e da Venezuela protegidos por grandes grupos.

Nos bastidores do Chega, o autor revela ainda uma história insólita: em 2020, Ventura e vários dirigentes do Chega terão viajado para o Algarve com o objetivo de fugirem para Marrocos.

Havia suspeitas de que a Polícia Judiciária e as Secretas queriam decapitar a liderança do Chega e ilegalizar o partido. Como as suspeitas não se confirmaram, a fuga para o exílio foi abortada.