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Eleições no PSD: candidatos não se entenderam para agendar debates

44 mil militantes escolhem novo líder este sábado.

Eleições no PSD: candidatos não se entenderam para agendar debates

Jorge Moreira da Silva rejeita a ideia de que o PSD esteja desmobilizado para as eleições diretas do próximo sábado. A reta final da campanha fica marcada pela ausência de debates entre os dois candidatos, que não se conseguiram entender para agendar um único frente-a-frente.

Não é a primeira vez na história do PSD que os candidatos à liderança se desencontram num debate em diferido sobre a realização de debates frente a frente.

Nas diretas de 2007, acabou por haver um único confronto televisivo, depois de Luis Marques Mendes e Luis Filipe Menezes terem passado boa parte da campanha a usar os debates, ou falta deles, como arma de arremesso.

15 anos depois, o debate sobre eventuais debates repete-se, mas desta vez, tudo indica que vai acabar sem frente a frente.

Luís Montenegro insiste que adora debates e que se não há não é por falta de vontade, mas porque as agendas são incompatíveis.

Dos 86 mil militantes ativos pouco mais de metade se mobilizou para poder votar no próximo sábado.

Nestas eleições diretas, serão cerca de 44 mil os militantes sociais-democratas que vão decidir quem será o próximo líder do PSD. Menos 26 mil do que nas diretas de 2018, em que Rui Rio bateu Pedro Santana Lopes e chegou à liderança. Menos dois mil do que nas últimas diretas, em novembro do ano passado, em véspera de eleições legislativas.

Nos bastidores acredita-se que é Luís Montenegro quem mais tem a ganhar com um universo mais reduzido de eleitores.

A teoria é que com menos militantes a votar pesa menos o voto livre, que pode fazer a diferença para Moreira da Silva, e pesam mais as estruturas em que Montenegro garante vantagem nos apoios.

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