Num ano marcado por mais um confinamento e muita incerteza, o hospital de São João no Porto atingiu um marco histórico: realizou 53.720 cirurgias, o valor mais alto em 63 anos.
Em 2021, a atividade cirúrgica aumenta 17% em relação ao ano anterior e 10% em relação a 2019.
Elisabete Barbosa, da Unidade de Gestão de Cirurgia do Hospital de São João, explica que foi, por exemplo, necessário aumentar a capacidade do ambulatório. “Atualmente 50% das cirurgias do cancro da mama são feitas em ambulatório”. Tal só é possível graças à monitorização que é feita com o doente no domicílio.
Em plena pandemia, o objetivo foi implementar um plano que permitisse recuperar as cirurgias que foram suspensas e que estavam a engrossar a lista de espera. Foi possível reduzir a mediana de espera para 1,5 meses (45 dias) e 94% dos doentes foram operados dentro dos tempos máximos de resposta garantidos.
Em 2021, a atividade cirúrgica aumenta 17% em relação ao ano anterior e 10% em relação a 2019.
Nos últimos seis meses do ano, o maior hospital do norte não emitiu vales cirúrgicos para operações no privado e conseguiu ainda operar doentes de outras zonas do país.
Para 2022, uma das metas é implementar a cirurgia robótica, o que deve acontecer ainda no primeiro semestre nas especialidades de cirurgia geral e urologia.
Cristina Freitas