No julgamento dos incêndios de Pedrógão Grande, o tribunal ouviu, esta quarta-feira, uma testemunha que, na fase inicial, usou extintores para tentar apagar um dos focos de incêndio que esteve na origem da tragédia. Ficou também a saber-se que a GNR tinha apenas 12 militares no terreno no momento mais crítico.
Perante o coletivo de juízes, o empresário recorda que o esforço acabou por não resultar: o fogo foi ganhando dimensão e, mais tarde, ficou totalmente fora de controlo.
O coletivo de juízes ouviu, igualmente, os relatos de três dos bombeiros que viajaram na viatura da corporação de Castanheira de Pera, que sofreu um acidente quando se dirigia para o combate às chamas. Os bombeiros ficaram cercados pelo incêndio e um deles acabou por falecer dias depois.
O chefe de equipa conta, em tribunal, que a proximidade das chamas não permitiu sequer utilizar o equipamento que tinham no carro de combate para se protegerem do fogo.
Já o oficial de ligação da GNR no momento mais crítico reconhece em tribunal que, com os 12 militares que estavam no terreno, não era possível fazer em segurança as evacuações ou os cortes de estrada que teriam sido necessários.