Em oito anos, quase 10 mil portugueses pediram para que o seu nome fosse removido dos motores de busca da Google. 73% dos pedidos foram rejeitados. Entre os requerentes estão particulares, funcionários do Governo e até figuras públicas.
A Google pode rejeitar o pedido se considerar que a página em questão inclui informação com um forte interesse público. A avaliação tem em consideração se os conteúdos estão relacionados com a vida profissional, um crime anterior ou a posição na vida pública do requerente.
A empresa apenas aceitou retirar 27% dos links pedidos pelos portugueses. Os dados fazem parte de um relatório divulgado pelo Jornal de Notícias. Portugal surge em quarto lugar na lista de maiores taxas de recusa – logo a seguir a Andorra, Mónaco e Jersey.
A possibilidade de ver o nome retirado do motor de busca existe desde 2014, quando o Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu que qualquer indivíduo pode fazer o pedido.
Em Portugal, os requerentes são sobretudo particulares, mas também funcionários públicos e até figuras públicas. Os motivos vão desde questões profissionais a informações gerais de atividades empresariais.