Não é a primeira vez que se fala de Maria Luís Albuquerque para Comissária Europeia. Esteve para ser a escolhida por Pedro Passos Coelho, mas a crise do BES trocou-lhe as voltas e o primeiro-ministro de então acabou por escolher Carlos Moedas.
O nome volta agora a ser falado nos bastidores do PSD, mas o secretismo é total e Luís Montenegro quer manter o suspense até ao fim. Com António Costa escolhido para presidente do Conselho Europeu, o primeiro-ministro quer ter um nome português forte e de confiança a trabalhar com Ursula von der Leyen.
A SIC sabe que o nome está escolhido e que têm existido conversas entre o primeiro-ministro e a presidente da comissão europeia. Von der leyen quer uma lista de comissários paritária. A maioria dos países já escolheu quem quer para comissário e muitos optarem por enviar só um nome, ao contrário dos dois, um homem e uma mulher, como pediu a presidente da comissão.
No caso português, vários pontos jogam a favor da antiga ministra. Não está no governo, é próxima de Montenegro, e conhece bem os corredores de Bruxelas. No currículo, destaca-se a passagem pelas Finanças quando Passos Coelho foi primeiro-ministro. Foi secretária de Estado de Vítor Gaspar durante o difícil período da Troika e mais tarde Passos escolheu-a para Ministra das Finanças.
Se se confirmar vai ser a segunda vez que Portugal terá uma mulher como comissária. A primeira foi Elisa Ferreira, escolha de Costa em 2019, e que ficou com a importante pasta da Coesão e Reformas.
As dúvidas só ficam desfeitas na próxima semana na rentreé dos sociais-democratas em Castelo de Vide. No jantar de dia 31, está prevista a presença de um convidado surpresa que vai discursar.
Até ao último dia do mês, a presidente da comissão tem de ter a lista completa. Depois disso, seguem-se entrevistas com Von der Leyen antes do escrutínio dos eurodeputados. Apenas três dos 27 comissários vão continuar nos cargos.