É o vencedor da noite eleitoral na Madeira. O líder do PSD não só venceu como ficou a apenas um deputado da maioria absoluta. Agora, com 23 deputados eleitos, mais quatro do que aqueles que tinha antes das eleições antecipadas, a estabilidade estará assegurada no arquipélago da Madeira.
No discurso de vitória, o primeiro agradecimento “muito sentido” foi, precisamente, para os "madeirenses e porto santenses pela lição de democracia" que deram ao ir pela terceira vez num ano e meio às urnas. O povo mostrou que “quer estabilidade e não quer brincadeiras de partidos”, destacou Albuquerque.
"Foi a maior votação de sempre desde que assumi a liderança. Ficámos a apenas 300 votos da maioiria absoluta", o que mostra o "reconhecimento do trabalho realizado e do rumo que o povo madeirense quer seguir, derrota do PS e da agenda da maledicência durante toda a campanha eleitoral".
Já na fase das perguntas dos jornalistas, Miguel Albuquerque garantiu que ainda não falou com ninguém mas "todos sabem quem são os nossos parceiros". Agora é tempo de analisar "com calma e ponderação" os resultados.
“Não falei ainda com ninguém. Nós temos tempo dada a votação que tivemos que foi expressiva. É evidente que os nossos parceiros privilegiados toda a gente sabe. (…) Temos tempo amanhã para iniciar essas conversações com os partidos, hoje vamos festejar”, disse.
Questionado sobre a situação de arguido em que se encontra devido a um caso de suspeitas de corrupção, ainda em investigação, Miguel Albuquerque descartou uma eventual demissão consoante o avanço do processo, justificando que foi vítima de uma estratégia dos partidos radicais que utilizam as denúncias anónimas como instrumento político.
“Essa ideia de que uma pessoa em Portugal com este sistema de denúncias anónimas pode demitir-se em função de ser constituido arguido significa o quê? Significa que os partidos radicais utilizam as denúncias anónimas como instrumento político, portanto o que temos de fazer é manter o quadro legal que existe e as pessoas assumirem as suas responsabilidades e a sua defesa", declarou, esclarecendo que o Ministério Público só faz o que é “a sua função”.
O social-democrata sublinhou ainda que este é “um instrumento dos partidos radicais para causarem destabilização nas instituições democráticas e fazerem aquilo que precisam que é depois arranjar um salvador para impor ordem na casa. Isto foi assim durante os anos 30 do século passado na Europa. Portanto, não podemos ser ingenuos. Uma coisa é a justiça, outra é utilização da justiça para fazer política”.
PSD a um deputado da maioria absoluta
O PSD venceu, este domingo, as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, com 43,43% dos votos, novamente sem maioria absoluta, elegendo 23 dos 47 deputados do parlamento do arquipélago.
De acordo com os resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o JPP elegeu 11 deputados, o PS oito, o Chega três, o CDS-PP um e a IL também um deputado.
O PAN perdeu a sua única deputada, enquanto CDU (coligação PCP/PEV) e Bloco de Esquerda voltaram a não eleger.