O Governo vai retomar o trabalho iniciado em junho de 2017 pelo então ministro Adalberto Campos Fernandes para criar uma rede de Referência Hospitalar de Saúde Materno-Infantil. O jornal Público conta que o trabalho devia ter ficado concluído em novembro desse ano, mas tal não aconteceu. Cinco anos depois, Marta Temido vai retomá-lo para tentar travar o caos dos últimos dias nos serviços hospitalares de obstetrícia e ginecologia.
A ideia da ministra Marta Temido, conta o jornal Público, é recuperar o trabalho feito pelo antecessor Adalberto Campos Fernandes. Em causa está a Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia-Obstetrícia e Bloco de Partos criada há precisamente cinco anos, mas que nunca concluiu o trabalho.
O Ministério da Saúde adianta que ainda chegou a ser “apresentada uma proposta técnica”, mas “a situação epidemiológica causada pela pandemia não permitiu a conclusão do processo” que, confirma a tutela, vai “agora ser retomado”, prevendo-se que “num prazo de 180 dias” a nova proposta seja apresentada.
“Os membros da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Bloco de Partos integram também o grupo técnico que irá elaborar a proposta de criação da Rede de Referenciação Hospitalar de Saúde Materno-Infantil”, diz o Ministério da Saúde ao Público.
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