Como sabem, o genérico é assinado por Márcia e conta com a colaboração de Tomara. Os retratos são da autoria de José Fernandes. E a sonoplastia deste podcast é de João Ribeiro.
Shahd Wadi (parte 2): “Falo com pessoas que pensam de forma diferente de mim, mas não com fascistas, que querem que eu desapareça”
Nesta segunda parte da conversa com a investigadora, curadora e poeta Shahd Wadi, ficamos a saber qual a vila na Palestina com que sonha regressar, até que ir para casa seja possível. E até fala do cheiro específico do lugar onde nunca esteve, mas que sente conhecer bem. Refere os pais, e de como a têm inspirado na vida e na poesia. Depois analisa o estado do mundo e o papel da Europa perante a América de Trump. Pelo caminho, desmonta certos preconceitos sobre as mulheres árabes, opressões de patriarcado aparte, e dá-nos conta da profunda resistência de um povo que não desiste de viver com esperança e arte. E ainda nos dá música, poesia e revela como uma picardia com o atual namorado resultou numa história de amor de uma década. Boas escutas!
Ricardo Pais (parte 2): “Há uma ‘fantasmatização’ do meu universo artístico. Há criadores que me imitam com más cópias. Isso inquieta-me” Ricardo Pais: “Vivi na ideia de que não era amado. Uma forma de inflacionar a autoestima, convencido de que era especial. Caganças!” Romeu Costa (parte 2): “Há anos despedi-me de um amigo com um beijo na boca. Depois atiraram-me pedras. O que leva jovens a essa violência?” Romeu Costa (parte 1): “Ainda não está claro para as pessoas que tantos deputados da extrema direita significam passos atrás na democracia” Manuel Pureza: “Termos medo do que está a acontecer no país é bom, para fazermos melhor. Se resistir é vencer, criar é mais do que isso” Manuel Pureza: “Tenho o direito de me sentir ofendido, mas não de parar uma piada. A graça, se for má, perde público e envelhece mal” Madalena Sá Fernandes (parte 2): “Estou inquieta com os incêndios. A incompetência deixa-me irritada. Como estamos sempre nisto?” Madalena Sá Fernandes: “Sou favorável a que a mulher denuncie as violências que sofre. Mas sei o medo, a vergonha e a culpa que gera” Rita Cabaço (parte 2): “Não me surpreende que a Cultura tenha deixado de ter um Ministério só seu. Mas revolta-me” Rita Cabaço (parte 1): “É importante rirmo-nos de nós próprios. Somos todos ridículos”