Pedro Pinto e as horas extra do motorista de Pacheco Amorim: “AR nem sempre diz a verdade”
No último Facto Político de 2024, recebemos o líder dos 50 deputados do Chega. Precisamente a bancada de André Ventura é o acontecimento mais relevante da política portuguesa nos últimos 12 meses para Ricardo Costa e Bernardo Ferrão.
Durante alguns dias o Chega parecia simpatizar com a possibilidade de apoiar um candidato de farda na corrida às eleições presidenciais de 2026, mas essa ideia está afastada. O partido anunciou que terá um candidato próprio e parece ser cada vez mais inevitável que esse candidato seja André Ventura. Nas palavras do líder parlamentar é a opção “mais viável e mais mais válida”. Em entrevista no Facto Político, Pedro Pinto justifica o nome com o facto de ser o “político com mais mediatismo” e a recusa de Gouveia e Melo com o “discurso do coitadinhos dos imigrantes” que o Almirante fez recentemente.
No tabuleiro autárquico o objetivo é concorrer ao maior número possível de autarquias e eleger o maior número possível de vereadores e até de presidente de câmara, mas não se define para já uma meta, nem mesmo de retenção de eleitos. Há quatro anos o partido conseguiu eleger 19 vereadores, mas mais de um terço acabou por abandonar o partido, situações que não tiram o sono ao líder parlamentar do Chega que as vê como comuns noutros partidos também, embora sem a mesma expressividade.
As horas extra de Pacheco Amorim continuam sem justificação
Há cerca de duas semanas a SIC revelava que o motorista do vice-presidente do Parlamento e deputado do Chega Diogo Pacheco Amorim tinha registado mais de 600 horas extraordinárias quando o limite está fixado em 200. As justificações do deputado foram poucas e contraditórias com a versão da Assembleia da República, mas para já não há novidades. Pedro Pinto continua a insistir que “Pacheco Amorim garantiu-nos que as horas foram pedidas porque foram efetivamente usadas”, muitas vezes em representação de Aguiar-Branco. De acordo com os dados do Parlamento, essas representações aconteceram apenas em três ocasiões, todas em Lisboa. Para Pedro Pinto “a Assembleia da República nem sempre diz a verdade”.
Afinal, o Chega não se importa com mais políticos em Portugal
Apesar de defender há vários anos a redução do número de cargos políticos em Portugal, o Chega absteve-se na votação que permite a criação de mais 274 juntas de freguesia em Portugal, mas Pedro Pinto garante que “o Chega é contra o aumento dos políticos em Portugal”. A decisão foi tomada com base “no critério das populações”. Recusando a aparente baixa popularidade da medida, explica que estas decisões “têm de ser vistas caso a caso, as coisas não podem ser feitas a regra e esquadro em Lisboa, é preciso ouvir as populações”.
Episódios
Como está Portugal preparado para combater os incêndios florestais este ano? Quanto ganha um beneficiário do RSI? Rita Matias não sabe, mas o Chega quer mais fiscalização nos apoios sociais Paulo Raimundo quer aumentar número de autarquias controladas pelo PCP Brilhante Dias: “Discurso de Montenegro aproxima-o da extrema-direita” Fernando Negrão: “É difícil o PSD ganhar as autárquicas” Bruno Nunes: “Gouveia e Melo quis protagonismo” no 10 de Junho Sebastião Bugalho: “Não eram os críticos que criticavam Rui Rio, eram os eleitores” Isaltino Morais: “O Chega pode conquistar câmaras no Alentejo e Algarve” Cotrim Figueiredo: IL vai olhar para os resultados “muito a sério” Marcos Perestrello sobre défice zero da AD: “Montenegro não está a falar a sério”