São Miguel é um mundo de água doce, com cascatas, ribeiras e lagoas por todos os cantos. Tão abundantes que a rubrica "Água Doce" lhe dedica dois episódios. Esta quarta-feira, damos um salto até às lagoas que tornaram o arquipélago famoso em todo o mundo e que atrai milhares de turistas todos os anos.
A Lagoa das Sete Cidades deve ser dos locais mais ‘instagramáveis’ de Portugal. É ponto de passagem obrigatória e para muitos é um tesouro, que surpreende pela dupla coloração: verde e azul, sobretudo em dias de céu limpo.
Até onde a vista alcança é vulcão, ou melhor, já foi vulcão. A Lagoa das Sete Cidades tem origem vulcânica, tal como todo o arquipélago. Só existem porque há milhares de anos esta foi uma região muito atingida, ou não estivesse sobre a confluência de três placas tectónicas.
São Miguel está repleta de vulcões ativos, o que quer dizer que podem entrar em atividade novamente, aliás é quase certo que tal acontecerá, o que é, diga-se de passagem, um pouco assustador, mas quem sabe do assunto – e os Açores são o paraíso dos vulcanólogos- garante que não há motivos para preocupação.
A população convive bem com o passado sísmico porque o que os vulcões trouxeram de negativo, trazem agora em dobro de positivo. Além da energia geotérmica, dos recursos hídricos e da fertilidade dos terrenos trouxeram todo o potencial turístico que se vê.
"Água Doce" é o nome da nova rubrica para ver às quartas-feiras no Jornal da Noite.