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O plano de Costa para ir a eleições contra um PCP "juvenil" e um BE "barata tonta"

José Miguel Júdice comentou, esta terça-feira, na SIC Notícias, as negociações do Orçamento do Estado para 2022.

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José Miguel Júdice comentou, esta terça-feira, as negociações do Orçamento do Estado para 2022, e refere que PS e PCP preferem eleições antecipadas, ao mesmo tempo que acusa o Bloco de Esquerda de ser "umas baratas tontas".

O comentador da SIC começou por referir que "por razões diferentes, PS e PCP preferem eleições antecipadas".

"O PS porque o otimismo de António Costa, a fragilidade da sua Esquerda que foi esmagada nas autárquicas, a confusão nas Direitas, tudo isso lhe permite voltar ao plano inicial que eu antecipara: conseguir eleições culpando outros, ganhá-las se calhar com maioria absoluta, e calmamente preparar a sua sucessão para daqui a dois ou três anos", acrescentando que, já no caso do PCP, tal se sucede pois "entre o risco de suicídio digno e a certeza da morte lenta, sentiu na sua velhice um fulgor revolucionário juvenil e quer voltar à oposição pura e dura - o PCP talvez morra na mesma, “mas de pé, como as árvores".

Júdice refere ainda que o mais provável é Marcelo ter de se resignar a viver com Costa durante todo o mandato, tendo-se já aproximado ao atual Governo.

"Afinal, ficar na História pelas selfies e beijinhos não é assim tão horrível", diz.

Para o comentador, o PSD e o CDS não queriam a crise, "não ganham nada com ela", mas agora as eleições no PSD podem ser clarificadoras.

"Rui Rio tem a oportunidade de se candidatar para fazer o bloco central. Ou, então, Rangel e a aliança com CDS e IL em alternativa clara ao PS. Os militantes que digam o que preferem."

Sobre o Bloco de Esquerda, Júdice refere que "parecem baratas tontas".

"Cometeram o erro de menosprezar António Costa, de não perceberem que ele conseguiu não ser culpado pela crise e que se come fria a vingança do gigante pelos anos a ser humilhado pelo anão", termina o comentador.