Cartaz

Após 50 anos de "Semear Salsa ao Reguinho", Vitorino ainda continua "a fazer música com sentido social"

"Semear Salsa ao Reguinho" marca o início da carreira do músico Vitorino. Um trabalho que homenageia a tradição alentejana e os momentos pós-ditadura.

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50 anos depois, Vitorino faz do palco casa e não esquece acordes que o álbum de estreia carrega. "Semear Salsa ao Reguinho" surge um ano depois de participar no espetáculo memorável do Coliseu dos Recreios, ao lado de Zeca Afonso ou Fausto.

"É um disco um bocado radical na linguagem escrita, mas muito pós-romântico na melodia e na intenção", conta à SIC.

Num período pós-revolução, o disco aparece como um reflexo da infância do músico, influenciada pela tradição alentejana, mas também da juventude em luta disfarçada contra uma ditadura.

"Queda do Império" é um dos êxitos que marcou o meio século de carreira do artista de 83 anos. Um percurso que dividiu com artistas de idades e origens diferentes, mas sempre se assumindo como um feroz defensor da música portuguesa.

"Continuo a fazer música com um sentido social. Estou atento, foi a minha escola, não sei fazer outra. Vou parafrasear o Sérgio Godinho: 'pode alguém ser quem não é?'", destaca o artista.

E é com a reedição do álbum de estreia que Vitorino volta a ser quem é no palco da Culturgest, em Lisboa, no próximo dia 25 de setembro.