Casos de Polícia

A violência obstétrica: "Gritei e supliquei para pararem, mas ninguém parou"

De mulheres que se queixam de terem sido maltratadas na sala de parto, mulheres a quem foram atadas as pernas ou procedimentos médicos não autorizados. São histórias que deixaram consequências físicas e psicológicas.

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Os registos do casal feliz à espera do primeiro filho são a antítese da experiência de vários casais. A vida muda radicalmente depois de partos que deixam consequências físicas e psicológicas para o resto da vida. 

“Era como se eu não estivesse ali”, “como se eu fosse só um corpo”, “como se a minha pele fosse um saco de plástico”. São os relatos das mulheres que dizem ter sido vítimas de violência obstétrica. 

A violência obstétrica é tudo aquilo que seja a apropriação do corpo e dos processos reprodutivos da mulher durante a gravidez e o parto e até o puerpério. 

As histórias contadas neste Casos de Polícia são anteriores à aprovação da lei 33 de 2025. Caberiam perfeitamente nos objetivos da chamada lei da violência obstétrica.  

O tema continua a dividir o Parlamento, entre os partidos que querem revogar a legislação e os que consideram que é essencial dar um nome aos abusos contra grávidas, ainda que se justifique maior aprofundamento técnico da legislação.