Centenas de milhares de pessoas já viram os vídeos de lançamento do programa E Se Fosse Consigo?
O debate chegou em força às redes sociais, as opiniões sobrepõem-se ou dividem-se, como em todos os assuntos pouco estudados e discutidos.
Há a convicção de que os portugueses se consideram um povo tolerante e integrador. Mas será mesmo assim?
Nas relações sociais, no momento de arranjar emprego ou de fazer a lista de deputados, será que a cor da pele não pesa nos critérios, nas escolhas, nas decisões?
Mesmo antes da estreia, a discussão sobre o tema está em cima da mesa. A forma como o Senhor Silva, cozinheiro num restaurante em Lisboa, analisa a questão (no vídeo) traduz certamente o que muitos portugueses pensam sobre o assunto.
Os resultados de uma sondagem que a SIC vai divulgar no Primeiro Jornal de sábado confirmam a tese de que em Portugal é política e socialmente incorreto assumir e defender publicamente comportamentos racistas.
Ao contrário de outros países, em que a discriminação racial entrou de forma clara no discurso político (o exemplo mais brutal é o programa do The Finns Party, na Finlândia, que chegou a defender a esterilização dos emigrantes africanos), por cá, a grande maioria dos entrevistados diz rejeitar o racismo. “E se um dia a sua filha lhe aparecer em casa com um namorado de outra cor?”. O incómodo da maioria é evidente nas respostas.