A Ruína

"Nunca me falaram em ações preferênciais porque sabiam que não íamos aceitar"

Amélia Reis tem 59 anos. Vive em Paris desde os 17 anos. Trabalha como porteira. É cliente do BES desde 2002 e fundou o Movimento dos Emigrantes Lesados. Vamos conhecê-la no 3.º episódio da Grande Reportagem "A Ruína - Gato Escaldado".

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A equipa de jornalistas da SIC que realizou a série de Grande Reportagem “Assalto ao Castelo” regressa com "A Ruína". O fio condutor é, de novo, o universo BES.

"A Ruína" detalha a forma como o banco de Ricardo Salgado conseguiu convencer 8 mil emigrantes a comprarem 723 milhões de euros de ações preferenciais de veículos financeiros esculpidos pelo BES. A dar fortes sinais de contaminação pelo peso da dívida das empresas do grupo Espírito Santo desde 2009, o banco viu-se forçado a encontrar formas rápidas de gerar liquidez.

Entre 2012 e 2014 os emigrantes, financeiramente iletrados, foram o alvo. E o BES vendeu-lhes títulos de dívida do banco e das empresas falidas do grupo que só poderiam ser transformados em dinheiro em 2047 - 2051. Que esquema inventou o BES para convencer estes 8 mil emigrantes a investirem no risco e no incerto?