Sociedade das Nações

Iraque, um país entre a destruição e a esperança

Há precisamente 10 anos, enquanto começava o julgamento de Saddam Hussein, no Iraque, o país era invadido por uma onda de decapitações e atentados, conduzidos por grupos Jihadistas como o Tawid wal Jihad, o Ansar al-Sunna, a brigada de Abu Bakr Al Siddiq e o movimento de al-Zarkawi, próximo da al-Qaida. Eram, no fundo, os antepassados dos setores por trás do hoje autoproclamado Estado Islâmico, e usavam os mesmos métodos. 

© STRINGER Iraq / Reuters

Na última década, o Iraque viveu dividido entre a esperança e a destruição. Apesar da reconstrução de várias estruturas urbanas e indústrias, a divisão territorial, a aniquilação de muita riqueza e os conflitos mantiveram-se. A instabilidade agravou-se a partir de junho, quando grupos de insurgentes sunitas tomaram o controlo de Mossul, a segunda cidade do país, e a partir dela foram conquistando outras zonas do norte e centro.

Esta semana no Sociedade das Nações, o embaixador do Iraque em Portugal discute a possibilidade de uma reconciliação nacional no país. Hussain Sinjari, um curdo que conhece bem Portugal, analisa o destino do seu país, entre as trevas do Estado Islâmico, as lembranças da tirania e da invasão, a destruição e as esperanças de um futuro próspero.