A programação da 35.ª edição do Amadora BD celebra os valores que o 25 de Abril conquistou. Nos 50 anos da Revolução dos Cravos, há exposições e obras que mostram "a forma como os personagens de banda desenhada refletem estes valores humanos", destacou a diretora do festival, Catarina Valente, em entrevista ao Todas as Artes.
A igualdade, a justiça e a liberdade atravessam as tiras de BD, pelo olhar dos autores, muitos deles convidados.
É o caso do franco-canadiano Mikael que estará na Amadora para apresentar o último livro da "Trilogia de Nova Iorque" e de Mathieu Sapin que apresenta a versão portuguesa de "Edgar", sobre o sogro do autor francês, que fugiu do regime salazarista para França.
Mafalda, a inconformada e irreverente personagem criada por Quino é sexagenária mas "a visão da Mafalda, apesar de ter 60 anos, é uma visão muito atual".
Há, aliás, uma exposição dedicada à eterna menina e outra que também apaga as 60 velas a Daredevil ou Demolidor, em português. Num festival que quer cada vez mais inclusivo, a mostra dedicada ao super-héroi cego da Marvel foi concebida a pensar nos visitantes cegos e surdos, com elementos que exploram o som e o tacto.
O Amadora BD decorre em quatro espaços da cidade até dia 27 de outubro.