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António Variações, o barbeiro que se tornou cantor nasceu há 80 anos

O legado do artista que mudou o panorama musical em Portugal, na década de 1980, passou para as novas gerações.

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Nasceu em Amares, Braga no dia 3 de dezembro de 1944. Sempre teve sonho de ir para Lisboa. Chegou à capital com 11 anos para ser moço de recados. Fez a tropa em Angola, no final dos anos 60 e depois rumou a Amesterdão e Londres para aprender o ofício de cortar cabelo e fazer barba.

No regresso a Lisboa, no pós-25 de Abril, afirmou-se pela imagem, antes da música.

Sem formação musical, tinha numa caixa de ritmos, o acompanhamento para as canções que gravava em cassetes.

Sempre aliou o lado cosmopolita com as raízes rurais na música pop que criou.

Lançou o primeiro álbum "Anjo da Guarda", em 1983. Quando lançou o segundo disco, no ano seguinte, "Dar & Receber", já estava doente.

Morreu noite de Santo António, a 13 de junho de 1984. Num corpo fragilizado pelo vírus da SIDA não resistiu a uma broncopneumonia.

Após 36 anos, foi condecorado a título póstumo pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

António Variações fica na história da música portuguesa, como uma influência para outras gerações e homenageado por outros artistas. Há 20 anos, o projeto Humanos recuperou músicas que o artista não chegou a gravar.

Há cinco anos estreou o filme "Variações" com Sérgio Praia, no papel do cantor